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quinta-feira, 25 de março de 2010

Calendario CicloBR

Como NUS sentimos

Pode parecer difícil e incoerente a associação do nu ao ato de pedalar, mas aqueles que pedalam todos os dias em qualquer metrópole do mundo conseguem captar com facilidade a mensagem que pretendemos passar.Enquanto os motoristas se sentem “protegidos” dentro das suas carruagens de metal, os ciclistas estão nus, sem nenhuma proteção, dependendo apenas da vontade dos motoristas em protegê-los ou não.

Chega a ser discrepante e incoerente a absurda quantia que a indústria automobilística investe para garantir a segurança dos seus clientes, sem importar a velocidade que eles se encontrem, criando verdadeiros tanques de guerra urbanos, onde quem está dentro está protegido, já quem vive fora da bolha...

Enquanto alguns comerciais automotivos exaltam e estimulam a velocidade de seus carros, pedestres e ciclistas perdem a vida diariamente em acidentes de trânsito, que só em São Paulo ceifam a vida de 1500 pessoas por ano. Desses apenas 18% dos mortos são motoristas e passageiros.

Pedalar nu é um ato de protesto que busca chamar a atenção da fragilidade do ciclista no trânsito, além de motivar a sociedade a debater o mal uso do carro nos centros urbanos. Esse ato é realizado anualmente em várias cidades ao redor do mundo na manifestação batizada como WNBR (World Naked Bike Ride). A história começou em Zaragoza na Espanha em 2002 e hoje acontece em mais de 200 cidades pelo mundo. No Brasil a primeira edição expressiva ocorreu em 2008, reunindo cerca de 500 ciclistas e teve até repercussão mundial.

Quando surgiu a idéia da criação do Calendário CicloBR, o ato de posar nu tomou conta dos envolvidos como um “inconsciente coletivo”. Naturalmente ficou decidido que todos os modelos posariam nus, o que motivou 20 voluntários a posarem pela causa. Dentre os modelos alguns ilustres anônimos cicloativistas que já realizaram diversas ações pela causa, além de alguns ciclistas já bastante conhecido no nosso meio, como a Jornalista Renata Falzoni, a ex jogadora de Volei Ida e a SubPrefeita Soninha Francine.

Esses 20 modelos motivaram a criação de 2 calendários mistos que serão lançados oficialmente no dia 28 de fevereiro de 2010, durante o Festival CicloBR. Particularidades: Todos os 20 modelos são ciclistas urbanos e doaram suas imagens para o Instituto CicloBR preparar o seu calendário. Todos os envolvidos no projeto, Fotógrafos, produção, arte-finalistas, todos são ciclistas e também trabalharam como voluntários no projeto abrindo mão de qualquer quantia.

Todos os valores arrecadados com a venda do Calendário serão revertidos para o Instituto CicloBR, que serão aplicados em projetos do Instituto e na manutenção do mesmo.Maiores informações sobre o calendário, mande um email para ciclobr@ciclobr.com.br.
Link das Fotos do Calendário

Fonte: Site do INSTITUTO CICLOBR

Ciclista aposenta bicicleta de madeira, apos 27 anos e 1,2 milhões de quilômetros

Osvaldo de Souza, de 64 anos, rodou 11 Estados brasileiros e mais três países, e agora pretende escrever dois livros

Depois de percorrer Argentina, Paraguai, Chile e 11 Estados do Brasil em uma bicicleta de madeira, o ex-padeiro Osvaldo Soares de Souza, 64 anos, decidiu encostar sua companheira de estrada.

Na viagem de despedida, passou dois dias pela cidade de Governador Valadares (MG), onde procurou peças para sua engenhoca e pediu, à Câmara e à prefeitura, declarações para comprovar que esteve mesmo na cidade a bordo de sua MadeBike, construída por ele mesmo em 1982. Souza carrega consigo três pastas com fotos, recortes de jornais e declarações de autoridades de todas as cidades por onde passou de bicicleta.

- Muita gente não acredita que consiga rodar tanto com ela.

A bicicleta tem um diferencial: apenas com o giro dos pedais, gera energia para carregar o telefone celular e acender os faróis. Essa energia, segundo o ciclista, é gerada por uma peça chamada dínamo, com 20 watts de potência.

O sonho de rodar o mundo a bordo de uma bicicleta, contou Souza, o acompanha desde os 12 anos, quando diz que montou sozinho a primeira delas. Nascido em Jequié (BA), ele chegou a modelos mais complexos e começou a rodar o mundo. Em 1982, ele criou a primeira versão da MadeBike, exemplar com o qual visitou a Argentina e o Chile, no ano seguinte.

O viajante assegura que, usando duas diferentes bicicleta de madeira, rodou cerca de 1,2 milhão de quilômetros.

- Juntando todos os locais que já percorri, rodei cerca de 1,2 milhão de quilômetros em duas bicicletas. No total, foram 15.320 dias e 42 anos de minha vida pedalando. Passei minha vida nas estradas. Sou um solitário a bordo de uma bicicleta que eu mesmo inventei e construí. Tinha o sonho de conhecer a América do Sul e consegui realizá-lo sem pagar passagem.

Seu próximo desafio, conta, será condensar sua história em dois livros, que chamará de América do Sul em Bicicleta e Solitário do Pedal.

Fonte: Portal R7