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terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Balanço de fim de ano na mobilidade urbana do Brasil em 2010

Espero que, assim como eu, vocês também contaram os dias para o Natal e o Ano-Novo. Nesta época do ano, é comum fazermos uma retrospectiva dos fatos ocorridos. O ano de 2010 foi repleto de desafios e grandes acontecimentos como as eleições presidenciais que elegeram a primeira mulher à frente do povo brasileiro.

Reconhecendo que as cidades são hoje o quadro de vida da maioria da população, são identificados problemas comuns com impactos na qualidade de vida, Segurança e Saúde dos cidadãos, no desenvolvimento e competitividade das cidades e na sua sustentabilidade ambiental.

Passar por desafios que fazem parte da vida de todas as pessoas não foi uma tarefa fácil. No entanto, é chegado momento de saudar um novo ano e a melhor maneira é tentar refletir sobre o que podemos melhorar e colocar em prática nos meses que estão por vir. Afinal todos nós temos motivos de orgulho e satisfação em nossas vidas.

UMA NOVA CULTURA DE MOBILIDADE

Na questão dos investimentos no transporte coletivo houve avanços, porém é preciso mais. O governo federal instituiu um ‘PAC da Copa' com previsão de mais de R$ 11 bilhões em projetos de mobilidade urbana nas cidades-sede. O governo paulista, nos últimos quatro anos, destinou R$ 23 bilhões, sobretudo para a ampliação do metrô e a requalificação da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos). De modo geral, os candidatos às eleições de 2010 falaram na importância do transporte público urbano.

PROJETO DE LEI DA MOBILIDADE URBANA

Neste ano tramitou no Senado um projeto de lei oriundo da Câmara que estabelece medidas de desoneração fiscal voltadas para o barateamento de tarifas, o fim das gratuidades pagas pelos usuários e a adoção do sistema integrado temporal (Bilhete Único) ou a integração em terminais. Outro projeto muito importante e cuja tramitação se arrasta no Congresso, institui o vale-transporte social.

Vamos tentar em 2011 garantir maior velocidade e conforto para os usuários do transporte público e menores custos operacionais, ressaltando a importância do uso de diesel com menor quantidade de enxofre e outros combustíveis mais limpos.

Defendo também medidas de restrição a automóveis e motos e a integração desses veículos aos sistemas estruturantes de transporte público, a implementação de corredores exclusivos de transporte publico de superfície, operados com ônibus (BRTs) ou trilhos (VLTs), e a adoção de tecnologias já disponíveis para efetivar o controle e gestão das frotas e garantir maior confiabilidade aos sistemas e um nível mais apurado de informações sobre os serviços aos usuários.

Para a criação de uma outra cultura de mobilidade urbana e para a avaliação dos recursos financeiros necessários, precisamos avaliar as boas práticas; precisamos de muita pesquisa e investigação; de desenvolvimento tecnológico; de um quadro normativo que regulamente a atividade urbana; e de incentivos econômicos e financiamento para a mobilidade urbana. Enfim, precisamos que o novo governo tenha um plano de ação, constituído por um conjunto de iniciativas para uma mobilidade urbana melhorada e sustentável nas cidades do País.

E finalmente, é preciso garantir a segurança no trânsito e eficiência na circulação, para que possamos cumprir a meta da OMS (Organização Mundial de Saúde) de redução em 50% do número de mortos em acidentes de trânsito, nos próximos quatro anos.

Fonte: Diario do Grande ABC