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sábado, 26 de maio de 2012

48ª Bicicletada + Cycle Chic


Na noite de ontem (25), aconteceu mais uma edição da Bicicletada de Maceió. Porém, nesse mês, aconteceu algo um pouco diferente. Resolvemos colocar em prática a ideia do Cycle Chic. Na divulgação da Bicicletada, pedimos que os participantes não utilizassem aquelas roupas coladas e cheias de patrocinadores que os ciclistas costumam usar. Pedimos que comparecessem vestindo uma roupa que costumam utilizar no dia a dia: no trabalho, na faculdade... uma roupa bonita, uma roupa chic!


E o pedido foi atendido. Os 17 participantes da última Bicicletada provaram que não é preciso estar todo paramentado para usar a bicicleta em seus deslocamentos pela cidade. Cada um mais elegante que o outro, os participantes da Bicicletada compareceram ao tradicional ponto de encontro, em frente à Faculdade SEUNE.




Aproveitamos o congestionamento que se forma todos os dias nesse horário para panfletar com os motoristas sobre os benefícios da inclusão da bicicleta no trânsito e os malefícios provocados pelo automóvel ao meio urbano. Permanecemos ali até as 19 h, quando descemos a ladeira Geraldo Melo e saímos para dar um rolé pela cidade.


Seguimos pelo bairro de Jaraguá, em direção à orla marítima da cidade, passando pelas praias de Pajuçara e Ponta Verde. Por onde passávamos, percebíamos que estávamos chamando atenção, com várias pessoas nos olhando, provavelmente por nossos trajes pouco usuais para ciclistas.


Chegando ao bairro da Jatiúca, seguimos pela Av. Amélia Rosa, onde paramos numa cafeteria que acreditamos que seja chic (pelo menos pelos preços no cardápio). Lá, passamos algumas horas debatendo sobre Mobilidade Urbana, entre outros assuntos. Não tivemos o problema que os motoristas costumam ter para achar vaga de estacionamento. Na vaga de apenas 1 carro, conseguimos estacionar 17 bicicletas.
 
 
 

domingo, 20 de maio de 2012

Cycle Chic


Pedalar é chic, très chic.

A bicicleta é, com certeza, o meio de transporte mais divertido, saudável, ecológico, bonito e romântico que há! Quem não ama pedalar nas horas de lazer? Pelo parque, pela orla marítima, ou mesmo pela vizinhança... Então, se amamos tanto usar esse veículo, por que só fazemos isso em tão poucos momentos da nossa vida?

 
Ir a reuniões de amigos, a um café, ao cinema, ou qualquer outro lugar destinado à nossa diversão, é um bom motivo para utilizar a magrelinha. Dessa forma, vamos a locais prazerosos utilizando um meio de locomoção também prazeroso. Mas, eis que surge a pergunta: “E qual roupa vou vestir para fazer isso?”


A resposta é simples: a mesma roupa que você vestiria se fosse de carro, de ônibus ou a pé. Não precisamos abrir mão do nosso estilo para poder pedalar! Essa é a ideia do Cycle Chic, movimento que surgiu na Europa e tem se propagado por todo o mundo. Consiste em conciliar a moda e o pedal, mostrando às pessoas que vestimenta não é desculpa para deixar de usar a bicicleta para se locomover.








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sexta-feira, 18 de maio de 2012

Jornalista André Trigueiro declara apoio às bicicletas


A gente está no ano de eleições municipais. O candidato a prefeito que não tiver uma proposta CONCRETA e VIÁVEL para tornar o uso da bicicleta inteligente e seguro nas cidades – não sei se vou exagerar aqui, é uma opinião minha – não merece o voto do eleitor, esse cara está DESCONECTADO da realidade.


por Aline Cavalcante, em 28 de fevereiro de 2012

Em recente participação ao vivo na rádio CBN, o comentarista André Trigueiro fez uma das declarações mais importantes que ouvi nos últimos tempos, especialmente em função do período eleitoral que está por vir.

A conversa sobre bicicletas começa a partir do 1’42” do áudio, quando ele fala sobre a importância indiscutível do Fórum Mundial da Bicicleta, que aconteceu em Porto Alegre, comentando que não houve “nenhuma grande empresa ou nenhuma grande mobilização de governo para tornar possível a vinda de representantes do Brasil e do mundo que estão empenhados em disseminar a bicicleta como modal de transporte”.

Trigueiro deu uma aula de cidadania, citando também os investimentos em transporte público de massa e a importância de pensar nas diferentes possibilidades da bicicleta nos centros urbanos. ”As cidades estão se tornando colapsadas pela multiplicação indiscriminada de veículos”, afirmou.

“Nós precisamos ter outro olhar sobre a bicicleta. Por mais absurdo que seja a gente imaginar, em grandes cidades brasileiras, a bicicleta abrindo caminho como uso contínuo, não apenas como lazer, entretenimento, prática esportiva”. Pode até parecer absurdo num primeiro momento, já que as pessoas não são estimuladas a pensar fora da caixinha, mas a ideia logo se torna possível, simples e fácil quando discutida de maneira racional.

“A gente está no ano de eleições municipais. O candidato a prefeito que não tiver uma proposta CONCRETA e VIÁVEL para tornar o uso da bicicleta inteligente e seguro nas cidades – não sei se vou exagerar aqui, é uma opinião minha – não merece o voto do eleitor, esse cara está DESCONECTADO da realidade”.

André se baseia no contexto de que grande parte das pessoas faz deslocamentos curtos, de até 7km, e poderia facilmente deixar seus carros na garagem, descongestionando as vias para o transporte de massa e para aqueles que precisam realmente utilizar um veículo, como por exemplo as ambulâncias.

O jornalista ainda lembra, dentro do contexto de propostas eleitorais, que “é importante os locais de trabalho terem o bicicletário, chuveiro ou vestiário, é possível fazer essa adaptação”. Facilitar o uso da bicicleta é convidar as pessoas a pedalar. Muita gente, hoje, deixa de usar a bicicleta por não poder guardá-la na empresa, ou por falta de um vestiário (se esse é seu caso, veja estas dicas).

Essa também é nossa opinião: o candidato a prefeito que não incluir a bicicleta em seus planos de governo e, principalmente, nos planos de metas, está FORA das opções de voto. E as propostas devem ser, como comentou André, concretas e viáveis (prometer ciclovia genericamente, só para dizer que tem proposta, não vale).

Pensar no uso da bicicleta é pensar numa cidade melhor, mais segura, mais humana, pacífica, democrática e saudável para TODOS - como concluíram os americanos nesse estudo.

Ao finalizar, André Trigueiro se assume fã da bicicleta e diz o que todos nós já sabemos: em vez de serem intimidados, os movimentos que questionam atropelamentos, acidentes e tragédias que acontecem nas nossas cidades (com ou sem ciclistas envolvidos) deveriam instigar as autoridades a achar soluções viáveis para evitar tantas mortes.

Parabéns, André! Que fique registrada nossa admiração, pelas suas palavras e pela sua postura em relação ao tema.

Ouça a entrevista completa no site da CBN

 
Fonte: Vá de bike
 
 

sexta-feira, 4 de maio de 2012

Empresa incubada desenvolve software para transporte público de Maceió

 
Projeto está na Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito de Maceió para apreciação

Diana Monteiro – jornalista

Um dos maiores problemas nas cidades brasileiras e que afeta a rotina e a qualidade de vida da população é o caótico funcionamento do setor de transporte e trânsito. Em Maceió o serviço público ofertado continua aquém das necessidades da comunidade, mas há uma solução para esse problema. Está em fase de testes em trinta ônibus da empresa Veleiro que fazem a linha 107 - percurso Cruz das Almas/Trapiche da Barra - um software destinado a área de transporte público.

Os veículos receberam rastreadores que emitem informações de previsão em tempo real de tempo de chegada em ponto de parada e de tempo de percurso, permitindo ao usuário acesso a essa informação via internet e celular, o que representa um grande benefício para quem utiliza esse meio de transporte.

O software é um projeto da ZUQ - Soluções de software para o setor de Transporte e Trânsito, com foco em rastreamento, gestão, otimização e apoio a decisão da Incubadora de Empresas de Base Tecnológica da Universidade Federal de Alagoas (Incubal) e tem como responsáveis o professor Willy Carvalho Tiengo, do Instituto de Computação (IC) e o graduado em Ciência da Computação Márcio Aguiar.

”Há um mês apresentamos o projeto ao superintendente Ranilson Pedro Campos Filho, da SMTT de Maceió que está analisando a proposta, e se o retorno for positivo, em quatro meses o sistema tem condições de entrar em funcionamento” , frisa o professor Willy.

Ele informa que circulam diariamente em Maceió, no horário das 5 horas às 23 horas, cerca de 650 ônibus e o projeto, que está na fase de comercialização, é considerado de baixo custo para todo o funcionamento. “O investimento inicial é de cerca de 400 mil reais destinados à compra dos equipamentos, taxa de implantação e primeira mensalidade. Depois baratearia para uma taxa de manutenção mensal que não ultrapassaria 20% do valor inicial, e não resta dúvida que a maior beneficiada seria a população”, afirma Willy.

O professor explica que o software desenvolvido tem eficiência para enfrentar os vários desafios inerentes ao setor do transporte público, entre eles às alterações diárias do itinerário dos veículos dentro das linhas programadas pelas empresas. “É comum haver alterações de rotas, viagens incompletas, suspensas, atrasadas ou fora do horário, problemas mecânicos nos veículos, revisões programadas. Mas o software prover uma solução autônoma que detecta automaticamente as mudanças atualizando todas as informações, possibilitando também ao usuário fazer consulta on-line sobre as mudanças operacionais realizadas”, diz Willy. Acrescenta que a ZUQ desenvolverá os dispositivos móveis para esse atendimento e que o evento de lançamento envolverá a empresa, a Ufal e a SMTT.

Tecnologia da informação e qualidade de vida

Segundo Willy Tiengo, atualmente associado à violência e à saúde está o transporte urbano e associado a esse setor encontram-se por exemplo, o meio ambiente, a qualidade de vida e a economia. Um agravante dessa situação é o serviço público de transporte que apresenta péssima qualidade, principalmente no que se refere ao cumprimento de horário. “Por essa razão, há uma tendência dos cidadãos de utilizarem meios particulares de locomoção, contribuindo assim, para a piora da situação nesse setor”, enfatiza o professor.

Desenvolver soluções baseadas na Tecnologia da Informação para o setor de transporte público tem a finalidade de proporcionar uma maior utilização do serviço público de transporte, contribuindo, por exemplo, na potencialização dos lucros, redução de problema de congestionamento e, consequentemente, diminuição de emissões de gás carbônico, melhorando a qualidade de vida dos cidadãos. “Diante deste cenário, verifica-se uma importante necessidade de desenvolver soluções para melhorar a qualidade desse serviço”, diz Willy.

Ele informa que aplica-se Tecnologia da Informação com sucesso em diversas áreas de conhecimento, incluindo no domínio de transporte e trânsito. A Europa é referência nesse aspecto, apresenta resultados satisfatórios e coleta indícios de que a adição de sistemas de informação é uma maneira de transformar a gestão do transporte e trânsito mais inteligente e eficiente.

O projeto da empresa ZUQ está entre os quatro da Incubadora da Ufal (Incubal) disponibilizados recentemente no Catálogo Verde de circulação nacional do Fórum Nacional de Gestores de Inovação e Transferência de Tecnologia (Fortec) que marca presença na conferência da Organização das Nações Unidas (ONU),  denominada de “Rio + 20 a se realizar em junho no Rio de Janeiro. A conferência reunirá líderes do mundo todo para discutir meios de transformar o planeta em um lugar melhor para se viver.

A tecnologia verde e negócios sustentáveis são considerados internacionalmente da maior relevância por contribuir na superação da já avançada degradação imposta pelo homem sobre o meio ambiente e sobre os recursos naturais do planeta.“Com a realização da Rio + 20 o projeto terá uma maior visibilidade por ter um viés verde, buscando qualidade de vida para os cidadãos. A ineficiência desse serviço estimulando o uso de veículos particulares concorrendo por espaços nas vias levando a engarrafamentos, tem impactos ambientais causando consequentemente, uma maior emissão de gases CO2”, frisa Willy.

A empresa ZUQ constitui também espaço de aprendizado para alunos da graduação e da pós- graduação do curso de Ciência da Computação. O projeto na área de transporte público conta com a participação de bolsistas do Programa Institucional de Bolsas de Inovação Tecnológica (Pibit) e um mestrando na área de “Modelagem Computacional”. Também integram a equipe, um aluno voluntário e dois bolsistas financiados pela Fundação de Amparo à Pesquisa de Alagoas (Fapeal).
 
Fonte: Ufal