Além das lindas e fantasiosas propagandas de carros, há ainda força política por parte do governo em financiar o consumo massivo de automóveis particulares. A redução do IPI e os subsídios concedidos a montadoras significaram menos arrecadação de impostos, e conseqüentemente uma reformulação no plano orçamentário.
Segundo a Receita Federal, a renúncia fiscal com a redução de IPI para automóveis e caminhões, para o segundo semestre de 2009, era prevista em R$ 1,792 bilhão.
Antes de abraçar a oportunidade de comprar um carro um pouco mais barato, deveríamos ter nos perguntado de onde vai ser tirado o dinheiro que vai cobrir esse rombo. Educação? Saúde? Transporte Público?
Antes de abraçar a oportunidade de comprar um carro um pouco mais barato, deveríamos ter nos perguntado de onde vai ser tirado o dinheiro que vai cobrir esse rombo. Educação? Saúde? Transporte Público?
Só a titulo de informação enquanto o país se deliciava com o IPI zero, os impostos sobre a cesta básica cresciam em alguns estados chegando a média de 18%. O Brasil é um dos poucos países no mundo que cobra impostos sobre alimentos. Como acreditar então que o governo trabalha em prol dos seus cidadãos e não em interesses políticos internacionais?
Ao invés de menos fome nas vielas, o que vimos, nesses meses de redução, foi mais carros nas estradas. E assim, mais congestionamentos e mais favorecimento do transporte individual sob o transporte de massas.
E prepare-se, a situação não vai melhorar, as concessionárias já anunciaram: mesmo com o fim da redução de Impostos sobre Produtos Industrializados novas medidas para atrair o comprador vão ser tomadas.
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