Um ônibus perde os freios, invade um ponto de ônibus e mata uma usuária na sexta-feira. Na tarde de terça-feira da semana passada, na Rua Sete de Setembro, no centro de Maceió, o tráfego de veículo foi desviado, porque havia um coletivo quebrado no meio da via, impedindo a passagem dos demais. No horário de pico, na Avenida Fernandes Lima, ou seja, meio-dia e seis hora da noite, dificilmente, transeuntes e usuários não se deparam com um ônibus quebrado. Bairros como Vergel e Ponta Grossa têm horário limitado pelas empresas para circular seus veículos com carrocerias com mais de 20 anos de uso, por causa da violência nesses locais. O passageiro é obrigado a caminhar a pé até a casa.
Assim é o cotidiano na relação usuários-sistema de transporte na capital alagoana que aliás tem o mesmo perfil de 40 anos atrás. Pouca coisa mudou neste aspecto e uma delas foi a adaptação de algunas paradas de ônibus em bairros considerados nobres, por conta do estatuto do idoso e da pessoa com deficiência física.
Na semana passada, a população do Benedito Bentes realizou um protesto contra a situação dos transportes urbanos que atende, além do maior bairro de Maceió com 200 mil habitantes, os conjuntos-satélites como Selma Bandeira, Cidade Sorriso, Frei Damião e Carminha que também têm circulação de veículos restrita às 20h, medida imposta pelas empresas e aceitada pelo município.
O que pode parecer, diante de um quadro inalterado no sistema de transporte da capital, é que Maceió não cresceu nessas quatro décadas. Mas a realidade mostra o contrário. Como se sabe, toda zona norte da cidade que inclui os bairros do litoral e da parte alta, vem registrando nos últimos anos um surpreendente crescimento com a construção de shoppings, lojas de conveniências, conjuntos habitacionais, condomínios de luxo e indústrias, mas a insistência em conservar este modelo arcaico de transportes públicos gera preocupação à população.
Por esse fato Maceió sequer foi relacionada como sub-sede da Copa do Mundo de 2014, pois não há vias de transportes satisfatórias, tampouco a mínima eficiência no transporte público. Por este fato também, a cidade corre o risco de legalizar o mototáxi, mesmo diante das discrespâncias legais sobre o uso do veículo como transporte urbano, principalmente quando o assunto é a segurança do usuário.
Fonte: Jornal Tribuna Independente no domingo de 3 de Abril de 2011
Assim é o cotidiano na relação usuários-sistema de transporte na capital alagoana que aliás tem o mesmo perfil de 40 anos atrás. Pouca coisa mudou neste aspecto e uma delas foi a adaptação de algunas paradas de ônibus em bairros considerados nobres, por conta do estatuto do idoso e da pessoa com deficiência física.
Na semana passada, a população do Benedito Bentes realizou um protesto contra a situação dos transportes urbanos que atende, além do maior bairro de Maceió com 200 mil habitantes, os conjuntos-satélites como Selma Bandeira, Cidade Sorriso, Frei Damião e Carminha que também têm circulação de veículos restrita às 20h, medida imposta pelas empresas e aceitada pelo município.
O que pode parecer, diante de um quadro inalterado no sistema de transporte da capital, é que Maceió não cresceu nessas quatro décadas. Mas a realidade mostra o contrário. Como se sabe, toda zona norte da cidade que inclui os bairros do litoral e da parte alta, vem registrando nos últimos anos um surpreendente crescimento com a construção de shoppings, lojas de conveniências, conjuntos habitacionais, condomínios de luxo e indústrias, mas a insistência em conservar este modelo arcaico de transportes públicos gera preocupação à população.
Por esse fato Maceió sequer foi relacionada como sub-sede da Copa do Mundo de 2014, pois não há vias de transportes satisfatórias, tampouco a mínima eficiência no transporte público. Por este fato também, a cidade corre o risco de legalizar o mototáxi, mesmo diante das discrespâncias legais sobre o uso do veículo como transporte urbano, principalmente quando o assunto é a segurança do usuário.
Fonte: Jornal Tribuna Independente no domingo de 3 de Abril de 2011
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