Em Brasília, o acostamento de uma das vias do Lago Sul foi transformado em "acostamento ciclável", como uma forma de dar um pouco mais de segurança aos ciclistas. Como não é do comum conhecimento dos maceioenses, vale explicar que este acostamento ciclável tem sentido duplo (para ciclistas) e não é permitido o trânsito de veículos motorizados.
Porém, seguindo a lógica egoísta do motorista que se acha melhor do que todos que estão ali parados no congestionamento, alguns decidem invadir a ciclovia, seja para furar a fila do congestionamento, seja para pegar uma entrada à direita logo adiante.
Os maceioenses conhecem bem essa prática de furar fila. Nos finais de semana, quando o trânsito fica congestionado na Ilha de Santa Rita, próximo ao Condomínio Laguna, muitos motoristas utilizam o acostamento para furar fila e chegar antes de todos aqueles que estão parados esperando, já que ele se considera melhor do que os outros.
Outro exemplo maceioense acontece num local chamado Vila Bancária (no bairro do Poço), onde o tráfego normal pede que os automóveis sigam pelo lado direito da praça e muitos "espertos" seguem pelo lado esquerdo para tentar furar a fila dos bestas que chegaram primeiro.
O colega Uirá, participante da Bicicletada de Brasília, filmou o desrespeito de motoristas no caso do Lago Sul e enviou para o fórum da UCB (União de Ciclistas do Brasil). Com sua autorização, postamos o video e o texto do e-mail na íntegra:
Desrespeito de motoristas contra ciclistas no acostamento ciclável do Lago Sul - Brasília (DF)
Foram feitos outros flagrantes no local, que mostram carros, motos, ônibus e caminhões trafegando livremente no “acostamento ciclável”, de dia e à noite. Mas este vídeo é o mais emblemático da forma como o usuário de bicicleta é tratado em Brasília. Um motorista com farda da polícia militar desrespeita o acostamento, insiste na infração e chega a passar com o pneu dianteiro em cima do pé de um ciclista.
Em contato com o superintendente de trânsito do Departamento de Estradas de Rodagem (DER-DF), órgão responsável pela administração da via onde foram filmados os mautoristas, eu e mais dois colegas expusemos os problemas e pedimos fiscalização urgente no local. A resposta foi negativa. Ele disse que já sabia do problema, mas que o efetivo da Polícia Militar era baixo para atender todas as rodovias no Distrito Federal e não fazia sentido deslocar agentes para o local e deixar de atender os acidentes. Para completar, informou que o DER não possui um servidor sequer para fiscalizar as infrações. Há 60 aprovados num concurso e nenhum foi nomeado. Em plena capital dita moderna, “planejada”, casos de total desrespeito com usuários de veículo não poluente contam com a omissão do governo.
Vale ressaltar que, no dia dos flagrantes, ligamos para a polícia, relatamos os fatos e pedimos fiscalização no local. Passou-se mais de uma hora e nada de policiamento. Ou seja, todos os mautoristas ficaram impunes. Aos que insistem em pedalar em Brasília restam insegurança e a promessa dos 600 km de ciclovias até este ano. Aos motorizados sobram alargamentos de vias, construção de viadutos e conversão de acostamento em terceira pista.
O vídeo serve de reflexão, especialmente aos que são de fora de Brasília e têm uma imagem equivocada da cidade (trânsito civilizado, com respeito às faixas de pedestre). Na verdade, o que caracteriza a capital federal são as vias expressas, com prioridade absoluta aos motorizados.
Saudações,
Uirá
Porém, seguindo a lógica egoísta do motorista que se acha melhor do que todos que estão ali parados no congestionamento, alguns decidem invadir a ciclovia, seja para furar a fila do congestionamento, seja para pegar uma entrada à direita logo adiante.
Os maceioenses conhecem bem essa prática de furar fila. Nos finais de semana, quando o trânsito fica congestionado na Ilha de Santa Rita, próximo ao Condomínio Laguna, muitos motoristas utilizam o acostamento para furar fila e chegar antes de todos aqueles que estão parados esperando, já que ele se considera melhor do que os outros.
Outro exemplo maceioense acontece num local chamado Vila Bancária (no bairro do Poço), onde o tráfego normal pede que os automóveis sigam pelo lado direito da praça e muitos "espertos" seguem pelo lado esquerdo para tentar furar a fila dos bestas que chegaram primeiro.
O colega Uirá, participante da Bicicletada de Brasília, filmou o desrespeito de motoristas no caso do Lago Sul e enviou para o fórum da UCB (União de Ciclistas do Brasil). Com sua autorização, postamos o video e o texto do e-mail na íntegra:
Desrespeito de motoristas contra ciclistas no acostamento ciclável do Lago Sul - Brasília (DF)
Foram feitos outros flagrantes no local, que mostram carros, motos, ônibus e caminhões trafegando livremente no “acostamento ciclável”, de dia e à noite. Mas este vídeo é o mais emblemático da forma como o usuário de bicicleta é tratado em Brasília. Um motorista com farda da polícia militar desrespeita o acostamento, insiste na infração e chega a passar com o pneu dianteiro em cima do pé de um ciclista.
Em contato com o superintendente de trânsito do Departamento de Estradas de Rodagem (DER-DF), órgão responsável pela administração da via onde foram filmados os mautoristas, eu e mais dois colegas expusemos os problemas e pedimos fiscalização urgente no local. A resposta foi negativa. Ele disse que já sabia do problema, mas que o efetivo da Polícia Militar era baixo para atender todas as rodovias no Distrito Federal e não fazia sentido deslocar agentes para o local e deixar de atender os acidentes. Para completar, informou que o DER não possui um servidor sequer para fiscalizar as infrações. Há 60 aprovados num concurso e nenhum foi nomeado. Em plena capital dita moderna, “planejada”, casos de total desrespeito com usuários de veículo não poluente contam com a omissão do governo.
Vale ressaltar que, no dia dos flagrantes, ligamos para a polícia, relatamos os fatos e pedimos fiscalização no local. Passou-se mais de uma hora e nada de policiamento. Ou seja, todos os mautoristas ficaram impunes. Aos que insistem em pedalar em Brasília restam insegurança e a promessa dos 600 km de ciclovias até este ano. Aos motorizados sobram alargamentos de vias, construção de viadutos e conversão de acostamento em terceira pista.
O vídeo serve de reflexão, especialmente aos que são de fora de Brasília e têm uma imagem equivocada da cidade (trânsito civilizado, com respeito às faixas de pedestre). Na verdade, o que caracteriza a capital federal são as vias expressas, com prioridade absoluta aos motorizados.
Saudações,
Uirá
1 comentários:
Cá entre nós, acho que não teria coragem de trafegar numa ciclovia como esta. Ou seja, sem o minimo de proteção, como exemplo, gelo baiano. Sei que nao protege 100% , mas ao menos delimita as faixas.
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