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sábado, 10 de abril de 2010

Pernas, pra que te quero?

A situação das calçadas de Maceió parece ficção. Deveria ser natural caminhar pelas ruas da cidade, mas aqueles que dependem de suas pernas para se locomoverem passam por dificuldades inimagináveis por quem usa somente o carro. Os problemas são os mais variados e atingem todas as áreas da cidade.

Nos bairros onde a população tem um nível de renda mais elevado, há calçadas na sua maior extensão. No entanto são completamente desniveladas, pois cada proprietário de lote faz a calçada de acordo com sua comodidade. A situação piora quando, além do desnível, constroem-se rampas para acesso às garagens, não restando ao menos 1 cm de terreno plano. Como se não bastasse o motorista ainda insiste em fazer da calçada a própria garagem.

O desrespeito à população é ainda mais gritante nos bairros da periferia da cidade. Além dos problemas citados, não há, por um bom trecho, ao menos calçamento. O pedestre se locomove em meio à terra batida. Ou pior, por entre matagal, quando o lote fica de frente ao terreno baldio. É quase como percorrer trilha em mata fechada, o pedestre não aventureiro, então, locomove-se pela pista destinada para os carros.

Mesmo sendo passeio público, os órgãos competentes se omitem do dever de cuidar das calçadas e deixam a cargo do proprietário do lote a responsabilidade de sua construção e manutenção. Calçadas em variados níveis e em rampas dificultam o caminhar de jovens, idosos e impossibilita os cadeirantes de transitarem. Uma construção desse tipo é ilegal, mas mesmo existindo leis, não há fiscalização.

A SMCCU é o órgão fiscalizador das calçadas em Maceió

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