Em 22 de setembro de 1997 foi implantado na França o dia mundial sem carro. O objetivo da data é estimular na população o uso de transportes não motorizados e/ou públicos coletivos. Além é claro de alertar sobre a poluição atmosférica causada em sua maior parte pelos gases emitidos por carros individuais.
No Brasil mais de 60 cidades aderiram ao dia mundial sem carro. No mundo são mais de 1600. Maceió o dia ainda não foi adotado, mas apelos estão sendo feitos ao poder público.
O dia 22 de setembro pretende mobilizar toda sociedade maceioense para mudar as estatísticas de acidentes de trânsito adotando alternativas de mobilidade além do carro. De janeiro a julho de 2009 já morreram cerca de 620 pessoas no transito de Maceió.
Enquanto as pessoas morrem, as ruas se congestionam, o ar fica cada vez poluído, os meios de comunicação incitam a compra de automóveis priorizando o consumo e o individualismo. Atitudes típicas de uma sociedade capitalista em um país ainda "agrário".
Em Maceió especificamente onde se tem um dos piores índices de desenvolvimento humano (IDH) do país. Aquele que não pode comprar um carro usa a bicicleta ou o transporte coletivo para se locomover. O alto preço das passagens de ônibus (que por sua vez, sempre aumenta nunca diminui) leva o trabalhador assalariado a procurar alternativas mais baratas, como o uso da bicicleta.
No entanto essa alternativa acaba se tornando um risco à vida. Pedalar pelas ruas da cidade é uma atitude de coragem. As ciclovias são basicamente para passeios na parte baixa da cidade e não atende aqueles que se deslocam entre outros pontos, tendo assim o ciclista como único meio pedalar junto aos automóveis. Estes por sua vez acreditam que as ruas os pertencem, desrespeitando aqueles que não estão dentro de um carro.
O dia 22 de setembro, mais que deixar o carro na garagem, deve ser um dia para se refletir sobre a sociedade que estamos construindo para os carros e não para as pessoas.
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