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segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Uso racional do espaço

Em novembro de 2010, os participantes da Bicicletada apresentaram à imprensa a proposta de um uso mais democrático da Av. Fernandes Lima (AFL), estabelecendo limites espaciais para cada veículo (ônibus/carros/bicicletas).





Ao final da reportagem, o vereador Oscar de Melo alega que a solução seria interessante para a Áustria, mas não para o Brasil, por estarmos “longe de ser um povo educado no trânsito”. Acreditamos que nem os guardas da SMTT que nos abordaram na última Bicicletada e nem o vereador Oscar de Melo tenham entendido bem nossa proposta. Portanto, vamos explicar melhor.

Oscar de Melo diz que a divisão dos espaços não funcionaria por que dependeria da educação dos motoristas. Mas é justamente o contrário. Atualmente, a vida dos ciclistas depende dos motoristas. O próprio engenheiro da SMTT diz que enquanto a proposta não for colocada em prática, os motoristas precisam ter “atenção e educação para aceitar o ciclista como usuário da via”.

Acontece que nós ciclistas somos seres humanos e, diferente dos gatos, não temos sete vidas, apenas uma. Portanto, nossas vidas não podem ficar a mercê da “atenção” e “educação” de motoristas, pois uma falha cometida (por eles) pode ser fatal (para nós).

A proposta apresentada é justamente para dar mais segurança aos ciclistas e melhor desempenho para o transporte coletivo, segregando cada meio de transporte num espaço dividido igualmente. Esta segregação pode ser feita física (utilizando gelo baiano) ou eletrônica (com dispositivos que multam os carros que saiam de sua faixa).

A fundamentação da proposta está baseada em estudos feitos por especialistas em transporte, apresentados em documentário do Discovery Channel e publicado no site do Worldwatch Institute, que mostra que o automóvel é o veículo que consegue transportar menos pessoas, se comparado aos demais. Um dado que os agentes da SMTT desconhecem é que a bicicleta transporta quase 10 vezes mais pessoas no mesmo espaço. Portanto, não são as bicicletas que atrapalham os carros, mas os carros que atrapalham todos os demais meios de transporte.



Vale lembrar que, para a proposta funcionar, é necessária uma reestruturação do sistema de transportes coletivos de Maceió que, atualmente, encontra-se irracional, onerando a tarifa e elevando o tempo que os passageiros levam esperando no ponto e no seu trajeto. Entenda um pouco mais sobre o transporte coletivo de Maceió nesses dois vídeos: 0102.

Com a reestruturação do sistema, as mais de 40 linhas de ônibus que circulam pela AFL diariamente poderiam ser “enxugadas” em uma única linha expressa, que seria alimentada por linhas que fariam um percurso transversal à AFL, fazendo ligação com as avenidas General Hermes e Menino Marcelo.

Com a reestruturação do sistema, tratando-o verdadeiramente como um sistema, não como um cartel das empresas de ônibus, o corredor da AFL poderia utilizar outras tecnologias de transporte, como o VLT (veículo leve sobre trilhos), um bonde moderno, muito utilizado na Europa e que em breve será utilizado pela CBTU na linha férrea que margeia a Lagoa Mundaú.



Sabemos que essas propostas não serão colocadas em prática tão cedo. Porém, nada nos impede de falar no assunto e mostrar para a sociedade outra possibilidade de cidade, diferente da que nós temos, entupida de carros e com um transporte coletivo que não atende às necessidades da população.


domingo, 30 de janeiro de 2011

Primeira Bicicletada do ano


Aconteceu, na última sexta-feira (28), a 32ª edição da Bicicletada de Maceió. Apesar de haver pouco congestionamento, devido ao período de férias escolares, os novos e antigos participantes da Bicicletada a acharam bastante proveitosa.



Saímos do viaduto Aprígio Vilela, por volta das 19h, para dar um rolé pela Avenida Fernandes Lima. Ao final da Praça Centenário, vimos uma placa que sinalizava que a faixa da direita seria “seletiva para ônibus”. Como não queríamos atrapalhar o transporte coletivo e sabemos da sua importância para a cidade, pois transporta a maioria da população (um ônibus é capaz de transportar 80 passageiros, ocupando o espaço de 3 carros, que geralmente transportam apenas 3 motoristas), decidimos deixar livre a faixa da direita e seguir pela faixa do meio.



Seguimos em nossa velocidade tranquila, aquela que não mata pessoas, cerca de 15 km/h. Os ônibus nos passavam pela direita e os carros pela esquerda. De repente, surge uma viatura da SMTT à nossa esquerda. Reduziram a velocidade e nos olharam com os olhos arregalados de surpresa. Antes que perguntassem o que fazíamos, mantivemos contato. Estendemos a mão com um panfleto e dissemos:

— Boa noite! Olha o panfleto da Bicicletada de Maceió.
— Mas por que vocês não seguem pela faixa da direita?
— A faixa da direita é destinada aos ônibus e não queremos atrapalhá-los.
— Mas, aqui no meio, vocês estão atrapalhando os carros.


Antes que pudéssemos argumentar sobre a diferença entre transporte coletivo e transporte privado, a viatura acelerou e interrompeu nosso contato. Curiosa é a visão dos agentes de trânsito da SMTT que, em pleno século XXI, não vêem a bicicleta como um meio de transporte, mas como algo que “atrapalha” os carros.

Paramos no semáforo próximo ao Cepa e panfletamos mais um pouco com os motoristas que passavam por ali. De lá, fomos a uma lanchonete para repor as energias.


sábado, 29 de janeiro de 2011

Soluções para o trânsito

Documentário do Discovery Channel, dividido em 5 partes:









sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

De quem é a culpa?


Quem já passou pela Ladeira do Catolé, pôde comprovar a alta velocidade que os veículos passam por ali, tanto os que sobem como os que descem. Na manhã de hoje, cinco veículos se envolveram numa colisão: um caminhão, um microônibus e três automóveis.





Segundo relatos de algumas testemunhas, o caminhão tombou na rodovia, colidindo com os demais veículos. Das quinze pessoas envolvidas, algumas tiveram ferimentos leves, outras foram encaminhadas ao pronto-socorro em estado grave.





A maioria das pessoas já vê o fato com naturalidade, como se fosse algo comum de acontecer, um mal necessário, o preço do progresso... algo que devemos nos conformar e aceitar. Outras acham que o acidente foi provocado por descuido de algum dos motoristas, como se o culpado sempre fosse o outro, nunca nós mesmos. Os outros são descuidados no trânsito... Os outros dirigem em alta velocidade... Os outros falam no celular ao dirigir... Os outros bebem e dirigem... Nós não! A culpa é sempre dos outros.

O brasileiro adora achar culpado pra tudo.

A culpa é do motorista do microônibus que corria demais para conseguir fazer mais viagens e ter um lucro maior no final do dia... A culpa é do caminhoneiro que cochilou no volante porque não dormiu direito para cumprir o horário estabelecido pela empresa, ou porque dirigia com pneus carecas... A culpa é do motorista de algum dos automóveis, que se achava o ás do volante, o verdadeiro Ayrton Senna, e que consegue fazer qualquer curva a 120 por hora... Ou então a culpa é do órgão de trânsito, que não sinalizou corretamente a rodovia, ou do agricultor que plantou a cana muito próxima da rodovia, obstruindo a visão da placa que limitava a velocidade.

Ou então, no final de tudo, vão dizer que a culpa não é de ninguém, mas da chuva fraca que, como os policiais rodoviários gostam de dizer, não “lava” a pista, deixa-a apenas mais escorregadia e os motoristas que não são os ases do volante sempre terminam se dando mal.


Se o fator humano está presente em 100% dos casos, por que não o substituímos por sistemas auxiliados por computador e presos aos trilhos, como é o caso dos bondes e metrôs?


Mas afinal, de que adianta achar culpados? Mesmo que você seja o motorista mais cuidadoso, respeite todos os limites de velocidade, não cometa nenhuma infração, sempre vai haver algum irresponsável que vai colidir com você e, quem sabe, tirar sua vida. E se ele morrer também, não haverá ninguém para ser preso e servir de exemplo aos maus condutores. Ou pior, você pode ser um mero pedestre ou um ciclista que optou por não dirigir, por não participar dessa guerra que é o trânsito, e aí você estará mais vulnerável ainda a toda essa carnificina.

Muitas pessoas dizem que não pedalam porque o trânsito é perigoso. Mas quem é que causa perigo, as bicicletas ou os carros? Você já ouviu falar de algum ciclista que perdeu o controle de sua bicicleta, caiu e morreu? Enquanto isso, a quantidade de ciclistas que são assassinados (Sim! Se você mata alguém, você é um assassino) por motoristas são incontáveis. E se os parentes da vítima não tiverem um bom advogado, o motorista terá que oferecer apenas algumas cestas básicas pelo homicídio “culposo”.

E se algum passageiro do microônibus morrer e também o motorista, e for determinado que a culpa de tudo foi do motorista. Quem os familiares do passageiro vão culpar? Provavelmente Deus. Vão dizer que “Deus quis”... que “quando chega nossa hora, não tem como evitar”. No Brasil, um país extremamente religioso, costumamos empurrar nossos problemas para Deus. Os próprios políticos costumam usar a expressão “se Deus quiser”. Ou seja, se ele não conseguir fazer o que prometeu, foi porque Deus não quis. Em países laicos do primeiro mundo, os políticos sequer falam em nome de Deus.





Esperamos que não pareça que queremos apontar culpados no acidente de hoje. Usamos o motorista do caminhão ou do microônibus apenas como exemplo. Queremos mesmo mostrar que, enquanto nós nos matamos nas rodovias e ruas de nossas cidades, os verdadeiros responsáveis por esse modelo de mobilidade que temos hoje (focado unicamente no transporte sobre pneus), não correm risco nas estradas e nem perdem tempo em engarrafamentos.

Aqueles que ganham dinheiro nos empurrando a ideia de que “o carro é o sonho de todo brasileiro” não dirigem, sequer andam de carro. Utilizam o helicóptero para se deslocar pela cidade e o jatinho para ir de uma cidade à outra. Enquanto isso, nós temos que aceitar que 35 mil brasileiros morram todos os anos nos “acidentes” de trânsito. Meros acidentes provocados por nós, pobres mortais, que não temos dinheiro para andar de helicóptero e jatinho.

Leia mais:

- Acidente envolvendo carreta e ônibus deixa feridos na BR-316

- Carreta carregada de cerveja tomba na BR-316

- Os “acidentes” de trânsito

- Três "Isabelas Nardoni" em uma semana

- Brasil é quinto país do mundo em mortes por acidentes de trânsito

- Trânsito supera homicídio como principal causa de morte violenta em SP


terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Bilhete Único: Rio e São Paulo

O Bilhete Único é um sistema de bilhetagem eletrônica que unifica em apenas um sistema, toda a bilhetagem dos meios de transportes, gerando assim beneficios aos seus usuários, tais como as tarifas integradas, onde é concedido desconto ou isenção da tarifa ao se utilizar meios de transporte em sequência.

São Paulo

O Bilhete Único da cidade de São Paulo foi uma solução criada pela SPTrans (São Paulo Transporte S/A), empresa responsavel pelo transporte de ônibus, ligada ao governo municipal. Hoje em dia, o Bilhete Único também é aceito no Metrô e nos trens da CPTM.

Com seus mais de 8,5 milhões de cartões expedidos ate 2006, e frota de 15.000 ônibus e 7,3 milhões de viagens, esta é provavelmente a 2ª maior solução em bilhetagem eletrônica no mundo, logo após o cartão Octopus de Hong Kong.

Lançado em 18 de maio de 2004, na gestão da ex-prefeita Marta Suplicy, o Bilhete Único permite atualmente que o passageiro faça várias integrações de ônibus pagando uma única passagem dentro de um certo período de tempo. Permite ainda fazer integrações com outros meios de transporte — metrô e trem — pagando um preço aproximadamente 50% menor do que o da tarifa completa.

Estado do Rio de Janeiro

Em 29 de dezembro de 2009, a lei 5628 instaurou o Bilhete Único na região metropolitana do Rio de Janeiro. O Bilhete Único RJ tem a tarifa de R$ 4,40 e com ele você vai poder viajar em até 2 meios de transporte diferentes - ônibus, vans, trens, barcas e metrô - em até 2 horas, desde que um deles faça a integração entre municípios. O benefício vale também para quem usa apenas um transporte intermunicipal que custe acima de R$4,40 (com exceção dos ônibus tipo “frescão”).

O Bilhete Único RJ poderá ser incorporado a qualquer modalidade de RioCard mediante solicitação do comprador de créditos do cartão, tornando desnecessária a compra de um novo cartão.

Para compra avulsa, será disponibilizado nas bilheterias dos trens, metrô, barcas, nas lojas da Fetranspor e também pela Loja Virtual do Bilhete Único RJ, porém seu uso como bilhete único não será imediato, pois em todos os casos é necessária a associação prévia a um CPF, o que faz com que o bilhete único comprado nesses locais só possa ser utilizado 48h depois da compra.

Como funciona a integração?

Ao utilizar o 1° transporte, será descontado do cartão o valor integral do modal. Caso o usuário utilize outro meio de transporte público no período de 2 horas, o restante da integração será descontada.

Se o valor do 1° transporte for superior a R$ 4,40, será descontado o valor total da integração (R$ 4,40) e, na próxima utilização, ao aproximar o cartão do validador, não será descontado valor algum.

Exemplo 1: 1° modal > R$ 3,00

2° modal > R$ 1,40

Exemplo 2: 1° modal > R$ 4,40

2° modal > R$ 0,00

Cada usuário terá direito a 2 integrações por dia - uma de ida e outra de volta.

Munícipio do Rio de Janeiro

O Bilhete Único Carioca é o benefício tarifário da integração nas linhas de ônibus municipais da cidade do Rio de Janeiro. Utilizando o cartão eletrônico, você pode embarcar em até dois ônibus municipais, dentro do intervalo de duas horas, pagando o valor de R$ 2,40.

O seviço pode ser usado nas linhas de ônibus municipais da cidade do Rio de Janeiro, mas a intenção da Prefeitura é que posteriormente ele fará a integração também em outros meios de transporte. A data para esta integração ainda não está definida. Ônibus tarifa (tipo "frescão") ou de ar-condicionado não estão incluídos no Bilhete Único Carioca.

Nas viagens que não contemplam integração, o cartão pode ser utilizado sem restrições de uso e tempo, podendo ainda pagar várias passagens no mesmo veículo e descontará a tarifa normal do modal. Pode ser usado em todas as empresas de ônibus do Estado do Rio de Janeiro, independentemente do valor da tarifa.

Fonte: Wikpédia

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Sobre duas rodas

Por Martha Medeiros, setembro de 2000*.


Quando a gente chega de viagem, meu caso, as pessoas querem saber as novidades lá de fora. Primeiramente, não existe mais “lá fora”: estamos todos dentro do mesmo invólucro, ouvindo as mesmas músicas, vendo os mesmos filmes, usando as mesmas roupas. E as notícias de lá são as mesmas daqui, no que abrange interesses internacionais: a bola da vez é a alta do preço do barril de petróleo, gerando ansiedade quanto a uma possível recessão mundial. Sendo assim, a novidade que trago é velha: salve a bicicleta.

Eu já não uso trancinhas, mas ainda gosto de dar minhas pedaladas, e lamento que tenhamos o hábito de usá-las apenas em passeios em parques e calçadões, como uma concessão aos tempos de infância. A cultura automobilística não nos deixa ver que bicicleta é meio de transporte. Pode ser usada dos oito aos oitenta anos, não gasta combustível, não polui o ar, é moleza de estacionar, fácil de comprar e colabora para termos um melhor condicionamento físico. Por que funciona na Holanda e aqui não?

Múltiplas respostas. As cidades européias nasceram séculos antes de Henry Ford, e os urbanistas não podiam imaginar nem mesmo que a bicicleta seria inventada, o que dizer de uma Land Rover. As vias são estreitas. Os primeiros prédios, logicamente, foram construídos sem garagem, e não vieram outros prédios, pois a Europa tem esta mania estranha de preservar seu patrimônio, modernizando-se por dentro mas mantendo a fachada de origem, o que faz dela o continente mais lindo do planeta. Além disso, as cidades, quase todas, são planas. Há ciclovias e códigos de trânsito para ciclistas. E o conceito de status social difere um pouco do nosso. Os adolescentes fazem dezoito anos, depois 28, e então 38, e se não tiverem um carro, continuam sendo cidadãos respeitáveis e conseguem inclusive arranjar namorada.

O Brasil, a exemplo de sociedades mais jovens como os Estados Unidos, cultua o automóvel a ponto de ser prisioneiro dele. Além de termos esquecido como é caminhar, somos impelidos a nos endividar para ter um carro do ano com air bag, banco de couro e design avançado, como se isso fosse dizer quem somos. De certa maneira, diz. Diz que somos vítimas de um comportamento padrão que vê com desconfiança hábitos alternativos e que luta pouco por um transporte público mais seguro e eficiente, o que nos tornaria menos dependentes das quatro rodas e suas trações.

Não me imagino saindo de um hipermercado com nove sacolas penduradas no guidão de uma bicicleta, mas tenho consciência do quanto a gente perde em não fazer pequenos percursos individuais com um transporte menos oneroso para o trânsito, para o bolso e para a saúde. Patinete é modismo, a bicicleta é um clássico. Que volte às ruas. Pode faltar combustível, mas desprendimento tem que continuar sobrando.


* Publicado no livro Non-stop – Crônicas do cotidiano. 7ª edição. Porto Alegre: L&PM, 2010.


segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Nova gestão da SMTT


Na última quinta-feira (06), alguns participantes da Bicicletada de Maceió e membros da Associação Alagoana de Ciclismo se reuniram com o novo Superintendente Municipal de Transporte e Trânsito de Maceió. O Sr. José Pinto de Luna, que já ocupou o cargo de Superintendente da Polícia Federal em Alagoas, foi nomeado para o cargo após reestruturações do governo municipal pós-eleições de 2010.

Apesar da atuação da Bicicletada ser direcionada à sociedade, e não ao poder público, o desejo de um encontro com o novo Superintendente veio com a intenção de tentar acelerar o que esperamos que a sociedade cobre do mesmo. Nesse primeiro momento, coube aos participantes da Bicicletada expor a ideologia do movimento e falar sobre as expectativas nessa nova gestão.

Foram expostas no encontro, através de fotomontagem, algumas soluções simples de implementação de ciclofaixas para a cidade, desmistificando assim a ciclovia como única solução.

O superintendente se mostrou antenado com as novas ideias de Mobilidade Urbana, que mostram que o automóvel não pode mais ser o ator principal, mas apenas um coadjuvante dentre toda a diversidade de meios de transporte que a cidade deve oferecer aos cidadãos. Ele ainda citou o caso do Rio de Janeiro, onde alegou não mais utilizar o carro quando vai ao centro da cidade, e sim o metrô, devido às vantagens que este meio de transporte oferece.

Pinto de Luna se mostrou aberto ao diálogo e, assim como nós, espera que esse seja apenas o primeiro de muitos outros encontros com as pessoas que tentam contribuir para a humanização do transito de Maceió.

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Que em 2011 você evolua!


domingo, 2 de janeiro de 2011

Nesse verão, vá à praia de bicicleta


Nesse verão, em vez de perder seu tempo em engarrafamentos, queimando gasolina e respirando a fumaça do carro que vai à sua frente, experimente ir à praia de bicicleta. Você vai ver que não é nenhuma coisa do outro mundo e vai ter o prazer de observar as belas paisagens de um ângulo muito mais amplo e sentir cheiros que você não sentiria trancado dentro de um carro, além de praticar uma atividade física e manter o corpo em forma.



A Praia do Francês (ao sul) e a Praia de Paripueira (ao norte), ficam a cerca de 25 km de Maceió, distância que você pode percorrer facilmente em uma hora, caso esteja com um bom condicionamento físico. Caso ainda não esteja, e queira alcançar esse condicionamento, você pode começar indo a praias mais próximas, como a de Jacarecica (6 km), a de Guaxuma (10 km) ou a da Sereia (14 km) (todas as três ao norte).

Praia do Francês


Lago Azul, Marechal Deodoro


volta na Lagoa Mundaú


Se não quiser ir à praia, você também pode combinar com alguns amigos e sair para alguns passeios já muito conhecidos pelos ciclistas da cidade, como a tradicional Volta na Lagoa Mundaú (em média 65 km), ou para conhecer lugares que você não tem oportunidade de conhecer quando se desloca de carro, como belíssimos rios, lagos e cachoeiras nos municípios vizinhos de Maceió.


travessia do Rio Camaragibe


cachoeira em São Luis do Quitunde


Não use a desculpa de que precisa do carro para levar a família ou para transportar alguns objetos. Há no mercado inúmeros modelos de cadeirinhas para crianças, bicicletas tandem (para duas ou mais pessoas) e mesmo adaptações criativas que você pode fazer para transportar objetos ou mesmo embarcações que você queira levar para a praia.




* Utilizamos como referência, para as distâncias, a Praça Gogó da Ema, no bairro da Ponta Verde.


Leia também:

- Conhecendo de bike a região de Maceió (AL)

- Maceió - volta na Lagoa Mundaú

- A Viagem do Elefante e outras viagens