Arquivo do blog
- ► 2011 (104)
sexta-feira, 23 de julho de 2010
quinta-feira, 22 de julho de 2010
Bicicletada de Julho

Esse mês, não faremos a tradicional panfletagem da Bicicletada. Será apenas um passeio com mais ou menos 20 km, em ritmo leve, seguido de um happy-hour ao final do passeio.
O horário das 18 h é intencional, para chamar atenção para a bicicleta como meio de transporte diante de um trânsito caótico.
Sabemos que a maioria trabalha até as 18 h. Mas, se conversar com o chefe... pedir a ele para sair, pelo menos uma vez no mês, uma ou duas horinhas mais cedo, temos certeza que ele vai deixar.
Explica a ele qual o objetivo do movimento, que é por uma boa causa... e, quem sabe, leva ele também!
segunda-feira, 19 de julho de 2010
Berna
Quem observar bem a primeira imagem, verá um corte retangular no asfalto que, provavelmente, trata-se de um sensor que faz o semáforo dos carros ficar vermelho para que as bicicletas consigam virar à esquerda.
Berna é a capital da Suíça, país que tem o 7º maior PIB per capta do mundo (o Brasil é o 70º) e onde a bicicleta é extremamente utilizada como meio de transporte, independente da classe social dos indivíduos. Enquanto isso, em terras tupiniquins, continuamos vendo a bicicleta como o transporte dos menos favorecidos e sonhamos com os carros que os europeus cotinuam tentando nos vender, já que lá não são tão desejados como aqui.
Como disse o jornalista e escritor uruguaio Eduardo Galeano:
"Estamos submetidos à ditadura do automóvel. Não existe pior colonialismo do que aquele que nos conquista o coração e nos apaga a razão”.
Para não ficarmos apenas com imagens estáticas, segue um video de Copenhague, capital da Dinamarca, que batalha para conseguir o título de "Capital Mundial da Bicicleta":
segunda-feira, 5 de julho de 2010
Pena de morte

Foi noticiada, no portal Tudo Na Hora, a morte de mais uma pessoa que se deslocava de bicicleta em Maceió, dessa vez, do sexo feminino. Pagou a pena de morte por ter escolhido um meio de transporte que faz bem à saúde, não polui o ar, não emite ruídos e nem provoca congestionamentos, ou seja, um transporte que só traz benefícios ao convívio urbano... mas que mata seus usuários.
Não é a bicicleta que mata o ciclista. O ciclista não cai sozinho e morre. As mortes são provocadas pelos veículos motorizados que pesam toneladas e deslocam-se em alta velocidade pelo meio urbano, disputando espaço, de maneira covarde, com ciclistas e pedestres, desprovidos das proteções do cockpit (como air-bag e cinto de segurança).
O Código de Trânsito Brasileiro prevê, como regra para os ciclistas, diversos equipamentos de segurança (como capacete, luzes refletivas, espelhos retrovisores), e os ciclistas (geralmente pessoas com baixo poder aquisitivo) são sempre criticados, tanto pelos motoristas como pelo poder público, por não fazerem uso desses equipamentos. A transferência da culpa para o ciclista já foi discutida em postagem recente.
O CTB ainda determina, em seu artigo 58, o que segue:
Art. 58. Nas vias urbanas e nas rurais de pista dupla, a circulação de bicicletas deverá ocorrer, quando não houver ciclovia, ciclofaixa, ou acostamento, ou quando não for possível a utilização destes, nos bordos da pista de rolamento, no mesmo sentido de circulação regulamentado para a via, com preferência sobre os veículos automotores.
É bom frisar o que diz o final do artigo: “...com preferência sobre os veículos automotores.” Mas como efetivar a preferência que um ciclista que pedala uma bicicleta de 15 kg tem sobre um caminhão de 15 toneladas? Apenas com a educação dos motoristas e a punição dos infratores.
A SMTT costuma dizer que seus agentes não estão na rua para multar, mas para educar. É um tanto romântico ouvir isso de um secretário de transportes, mas não é eficaz. É uma frase de efeito que serve apenas para manter a boa imagem política do prefeito e não deixar que os motoristas acreditem no mito da “indústria de multas”. É importante esclarecer que o lugar de educar o motorista foi na autoescola. Na vida, a educação aplicada deve ser a punição dos infratores, para que sirva de exemplo para que outros não façam o mesmo. Achar que os motoristas serão mais educados no trânsito apenas porque viram um boneco engraçado da SMTT nas ruas é pura ilusão.
Desde a década de 1970, com o desenvolvimento da consciência ambiental nos países ricos da Europa, a bicicleta tem sido cada vez mais estimulada como meio de transporte, através da oferta de facilidades (como a construção de ciclovias, ciclofaixas e bicicletários) à sua utilização.
Por aqui, no subdesenvolvido, punimos aqueles que despertaram para os benefícios da bicicleta com a pena de morte. As pessoas concordam que o ciclista precisa de segurança no trânsito e, quando se fala em bicicleta, a palavra “ciclovia” está na ponta da língua. Porém, a ciclovia não é a única forma de dar segurança aos ciclistas. A redução da velocidade dos motorizados e a definição de um espaço claro para as bicicletas (com uma ciclofaixa, por exemplo) poderia ser muito mais eficaz que a difícil construção de ciclovias.
Recentemente, a Prefeitura de Maceió pintou, na faixa mais à direita da Av. Fernandes Lima, a palavra ÔNIBUS e esclareceu, através da imprensa, que estava criando uma faixa “seletiva” para estes veículos, com a intenção (obscura) de liberar mais espaço para a circulação dos automóveis (numa inversão de valores, numa cidade onde o veículo individual particular tem mais direitos que o público coletivo).

Como o CTB determina que os ciclistas devem trafegar pelo bordo da pista, haverá uma clara e desigual disputa por espaço entre ônibus e bicicletas nesta faixa. Quantos ciclistas precisarão morrer até que se faça algo? Não se sabe. O que o poder público municipal tem a dizer? Nada!
Dizer que Maceió não tem uma política clara para as bicicletas é um equívoco. Pode não ser clara, mas que há política, há. Como bem disse o filósofo dinamarquês Søren Kierkegaard: “Não tomar uma decisão já é uma decisão. Não fazer uma escolha já é uma escolha.”
PS: A História conta que a ciclovia é uma invenção dos nazistas que, com a intenção de motorizar a Alemanha, precisavam resguardar os ciclistas (em grande número naquele país) dos perigos do tráfego motorizado. Portanto, construir ciclovias é efetivar a ideia de que a rua pertence aos carros e os pedestres e ciclistas precisam ficar confinados nos espaços destinados a eles.
PS2: A Av. Júlio Marques Luz (antiga Av. Jatiúca) teve seu asfalto renovado recentemente. Em breve, será feita sua sinalização. Fique atento para ver se o ciclista será levado em consideração ou se continuará sendo tratado como se não existisse.
Não é a bicicleta que mata o ciclista. O ciclista não cai sozinho e morre. As mortes são provocadas pelos veículos motorizados que pesam toneladas e deslocam-se em alta velocidade pelo meio urbano, disputando espaço, de maneira covarde, com ciclistas e pedestres, desprovidos das proteções do cockpit (como air-bag e cinto de segurança).
O Código de Trânsito Brasileiro prevê, como regra para os ciclistas, diversos equipamentos de segurança (como capacete, luzes refletivas, espelhos retrovisores), e os ciclistas (geralmente pessoas com baixo poder aquisitivo) são sempre criticados, tanto pelos motoristas como pelo poder público, por não fazerem uso desses equipamentos. A transferência da culpa para o ciclista já foi discutida em postagem recente.
O CTB ainda determina, em seu artigo 58, o que segue:
Art. 58. Nas vias urbanas e nas rurais de pista dupla, a circulação de bicicletas deverá ocorrer, quando não houver ciclovia, ciclofaixa, ou acostamento, ou quando não for possível a utilização destes, nos bordos da pista de rolamento, no mesmo sentido de circulação regulamentado para a via, com preferência sobre os veículos automotores.
É bom frisar o que diz o final do artigo: “...com preferência sobre os veículos automotores.” Mas como efetivar a preferência que um ciclista que pedala uma bicicleta de 15 kg tem sobre um caminhão de 15 toneladas? Apenas com a educação dos motoristas e a punição dos infratores.
A SMTT costuma dizer que seus agentes não estão na rua para multar, mas para educar. É um tanto romântico ouvir isso de um secretário de transportes, mas não é eficaz. É uma frase de efeito que serve apenas para manter a boa imagem política do prefeito e não deixar que os motoristas acreditem no mito da “indústria de multas”. É importante esclarecer que o lugar de educar o motorista foi na autoescola. Na vida, a educação aplicada deve ser a punição dos infratores, para que sirva de exemplo para que outros não façam o mesmo. Achar que os motoristas serão mais educados no trânsito apenas porque viram um boneco engraçado da SMTT nas ruas é pura ilusão.
Por aqui, no subdesenvolvido, punimos aqueles que despertaram para os benefícios da bicicleta com a pena de morte. As pessoas concordam que o ciclista precisa de segurança no trânsito e, quando se fala em bicicleta, a palavra “ciclovia” está na ponta da língua. Porém, a ciclovia não é a única forma de dar segurança aos ciclistas. A redução da velocidade dos motorizados e a definição de um espaço claro para as bicicletas (com uma ciclofaixa, por exemplo) poderia ser muito mais eficaz que a difícil construção de ciclovias.


Como o CTB determina que os ciclistas devem trafegar pelo bordo da pista, haverá uma clara e desigual disputa por espaço entre ônibus e bicicletas nesta faixa. Quantos ciclistas precisarão morrer até que se faça algo? Não se sabe. O que o poder público municipal tem a dizer? Nada!
Dizer que Maceió não tem uma política clara para as bicicletas é um equívoco. Pode não ser clara, mas que há política, há. Como bem disse o filósofo dinamarquês Søren Kierkegaard: “Não tomar uma decisão já é uma decisão. Não fazer uma escolha já é uma escolha.”
PS: A História conta que a ciclovia é uma invenção dos nazistas que, com a intenção de motorizar a Alemanha, precisavam resguardar os ciclistas (em grande número naquele país) dos perigos do tráfego motorizado. Portanto, construir ciclovias é efetivar a ideia de que a rua pertence aos carros e os pedestres e ciclistas precisam ficar confinados nos espaços destinados a eles.
PS2: A Av. Júlio Marques Luz (antiga Av. Jatiúca) teve seu asfalto renovado recentemente. Em breve, será feita sua sinalização. Fique atento para ver se o ciclista será levado em consideração ou se continuará sendo tratado como se não existisse.
sexta-feira, 2 de julho de 2010
Passagem de ônibus em Maceió aumenta na segunda*
* Publicado no portal Tudo Na Hora, por Elaine Rodrigues

Conselho de Transporte e Trânsito disse que reajuste deveria ter ocorrido em janeiro
Quem precisa utilizar o transporte público de Maceió deve ficar atento. A partir de segunda-feira, o valor da passagem vai estar mais caro. A Prefeitura de Maceió anunciou, agora há pouco, o novo valor: R$ 2,10.
O aumento foi de dez centavos, mas vai fazer a diferença de R$ 4,80 por mês para quem trabalha de segunda a sábado e precisa pegar dois ônibus por dia. Em um ano, o valor sobe para R$ 57,60.
Segundo o Conselho Municipal de Transporte e Trânsito, estudos feitos em dezembro mostraram que a passagem já deveria ter sido reajustada para R$ 2,15 a partir de janeiro deste ano. No entanto, o prefeito Cícero Almeida determinou que fosse feito o reajuste de dez centavos, e mesmo assim, após seis meses.
O presidente da Associação dos Usuários de Transportes Coletivos, Joelson Messias da Silva, contou que não foi comunicado do aumento. "Nós entendemos que o conselho consultivo da SMTT deveria ter agregado a sociedade civil, o poder público. Quando você, faz a reunião na calada da noite, o passageiro vai dormir pagando um preço pela passagem e acorda pagando outro. Agora como é que o trabalhador vai pagar essa diferença", questionou Joelson Messias.
Ele contou ainda que mais 300 mil pessoas usam o transporte público em Maceió. "No Benedito Bentes tem gente andando pendurada no ônibus, e o veículo com a porta aberta, um absurdo. O transporte continua péssimo as pessoas andam de ônibus com menos que a quantidade mínima necessária", afirmou.
Na próxima semana a associação deve entrar com ação pública contra o aumento de passagem. "Não é aceitável que em ano político o prefeito dê aumento na passagem para beneficiar empresários", concluiu.

Conselho de Transporte e Trânsito disse que reajuste deveria ter ocorrido em janeiro
Quem precisa utilizar o transporte público de Maceió deve ficar atento. A partir de segunda-feira, o valor da passagem vai estar mais caro. A Prefeitura de Maceió anunciou, agora há pouco, o novo valor: R$ 2,10.
O aumento foi de dez centavos, mas vai fazer a diferença de R$ 4,80 por mês para quem trabalha de segunda a sábado e precisa pegar dois ônibus por dia. Em um ano, o valor sobe para R$ 57,60.
Segundo o Conselho Municipal de Transporte e Trânsito, estudos feitos em dezembro mostraram que a passagem já deveria ter sido reajustada para R$ 2,15 a partir de janeiro deste ano. No entanto, o prefeito Cícero Almeida determinou que fosse feito o reajuste de dez centavos, e mesmo assim, após seis meses.
O presidente da Associação dos Usuários de Transportes Coletivos, Joelson Messias da Silva, contou que não foi comunicado do aumento. "Nós entendemos que o conselho consultivo da SMTT deveria ter agregado a sociedade civil, o poder público. Quando você, faz a reunião na calada da noite, o passageiro vai dormir pagando um preço pela passagem e acorda pagando outro. Agora como é que o trabalhador vai pagar essa diferença", questionou Joelson Messias.
Ele contou ainda que mais 300 mil pessoas usam o transporte público em Maceió. "No Benedito Bentes tem gente andando pendurada no ônibus, e o veículo com a porta aberta, um absurdo. O transporte continua péssimo as pessoas andam de ônibus com menos que a quantidade mínima necessária", afirmou.
Na próxima semana a associação deve entrar com ação pública contra o aumento de passagem. "Não é aceitável que em ano político o prefeito dê aumento na passagem para beneficiar empresários", concluiu.
Assinar:
Postagens (Atom)